Depois de chegada a Portugal em 1946, vinda de Estoclomo, onde havia permanecido durante a Guerra, Staël desenvolve várias disciplinas artísticas, chegando à cerâmica através de experiências efectuadas no atelier de João Fragoso (1913-2000). A artista húngara terá demonstrado um interesse especial pela produção cerâmica das Caldas da Rainha provavelmente através de Fernando da Ponte e Sousa (1902-1990), entretanto tornado sócio maioritário da SECLA, com quem contactara no Estúdio-Escola de Cerâmica, fundado em Lisboa por Fragoso.
Imediatamente após a sua contratação pela SECLA para chefiar a secção de pintura, Hansi Staël inicia um processo de transformação profunda na linhas de produção da fábrica.
A atribuição de maior valor à exploração plástica das superfícies enfatizando a pintura, acabará por deixar de lado as formas tradicionais da cerâmica das Caldas, cuja gramática decorativa tinha por base o relevo.